terça-feira, 5 de maio de 2020

Atividade de Língua Portuguesa 1ºA e 1ºB - Prof Valdineia

Atividade 1: Leia o texto abaixo e responda às questões que seguem:

LER E NÃO ENTENDER (E NÃO DESCONFIAR ETC.)

Toda vaca voa. Mimosa voa, portanto Mimosa é vaca, certo? Errado, caro leitor. Dizer que toda vaca voa não equivale a dizer que tudo o que voa é vaca. Se toda vaca voa e Mimosa é vaca, Mimosa voa. Mas, quando se diz que toda vaca voa e que Mimosa voa, não se pode deduzir que Mimosa seja uma vaca. Pode-se, quando muito, dizer que Mimosa talvez seja uma vaca. Talvez; nada mais do que talvez.

Recentemente, grandes figuras de nossos jornais e revistas escreveram sobre relatórios que apontam a grave situação do Brasil no que diz respeito à compreensão de textos. Não sabemos ler. Lemos e não entendemos. Lemos e entendemos o que queremos. Raciocinamos como ostras e montamos relações lógicas absurdas.

Na semana passada, por exemplo, um texto em que discute o emprego da vírgula, afirmei que, se fosse verdadeira a tese de que, “vírgula é para respirar”, os asmáticos colocariam vírgula depois de cada palavra escrita. Um leitor (cujo nome não revelarei, por dever cristão) perdeu preciosíssimo tempo para insultar-me,dizendo que eu não deveria atrever-me a falar do que não conheço. “Minha avó, que é asmática, lê muitíssimo bem”, disse o gênio. E quem disse que asmáticos não sabem ler?

Outro leitor me pediu ajuda. Diz ele que, ao ler o caderno da filha, percebeu que a professora tinha invertido a ordem de um famoso pensamento de Maquiavel. Em vez de “Os fins justificam os meios”, a mestra escreveu “Os meios justificam os fins”. O leitor diz que enviou um bilhete à professora, mostrando-lhe o equívoco. Na aula, comentando o bilhete, a professora teria dito que, no caso, a ordem não muda nada. (...)

Cara professora, se de fato a senhora disse o que disse, desdiga, em nome da lógica da língua e da nossa classe, por favor.

Um dia participei de um programa de televisão em que se discutia o trote em nossas universidades. Deixei clara - claríssima - minha posição sobre essa atrasadíssima prática da sociedade brasileira.

Citei o caso da faculdade de medicina da PUC de Sorocaba (atearam fogo em um calouro) e o da USP (um estudante morreu afogado na piscina da faculdade, durante uma festa de arromba para “saudar” os calouros). Disse - e repito - que, em nome de uma “tradição” (estúpida), futuros médicos - cuja razão de ser é a preservação da vida - não têm o direito de promover “festas” de tortura e morte. Pronto! O telefone da emissora ficou congestionado. Médicos e estudantes de medicina queriam saber o que tenho contra eles e suas escolas.

[...] (Pasquale Cipro Neto, Folha de São Paulo, 11 abril de 2002)



Questões:

1. Quais são os quatro problemas relatados pelo autor a respeito da língua portuguesa? Explique-os.

Respostas:

• Primeiro caso:

• Segundo caso:.

• Terceiro caso:

• Quarto caso:

2. O autor do texto diz que “Não sabemos ler”. Você concorda com esta afirmação? Por quê?

R.

3. No texto, são relatadas dificuldades de pessoas pertencentes a diferentes profissões. Considerando que há uma professora e médicos que também têm problemas com a língua portuguesa, a que conclusões podemos chegar?

R.

4. E você, caro aluno, quais os problemas que você tem quando o assunto é “língua portuguesa”?

R.

5. Como você procura solucionar os problemas citados na questão anterior?

R.

OBS: Fazer na Apostila do Kit para ser entregue na volta às aulas.

Professora Valdineia
06/05/2020